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Este blog reflete sobre os nossos grandes valores humanos, sociais e religiosos.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Quando o senhor abrir o meu coração, vai encontrar Jesus lá?


Um exemplo diz mais que muitas palavras. A história deste médico é simplesmente extraordinária. Que difícil é entender o mal, o sofrimento, as penas que Deus permite nas nossas vidas, mas Jesus sempre nos surpreende com o seu amor, o seu carinho, o seu cuidado.

Um cirurgião cardíaco estava explicando para uma criança:
- amanhã de manhã eu vou ter que abrir o seu coração para fazer uma cirurgia.
E o menino interrompeu: Você encontrará Jesus lá?
O cirurgião olhou para ele, e continuou: vou ter que cortar uma parede para ver o dano total.
- Mas quando o senhor abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? Novamente interrompeu a criança.

O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio:
         - Quando veja todos os danos, então verei o seguinte a fazer.
- Mas você encontrará Jesus em meu coração? A Bíblia diz muito claramente que Ele vive lá. Então você vai encontrá-lo no meu coração!

O cirurgião pensou que era suficiente e explicou:
         - Vou te dizer o que vou encontrar em seu coração ... vou encontrar uma massa muscular danificada, baixa resposta das células vermelhas do sangue, e fraqueza nas paredes e vidros. E além disso eu não sei se poderei ajudar ou não.

-Mas você encontrará Jesus ali também? É a sua casa, Ele vive sempre comigo.

         O cirurgião não tolerou mais os comentários repetidos e saiu. Em seguida, ele se sentou em seu escritório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: aorta danificada, veia pulmonar danificada, degeneração muscular cardíaca massiva. Sem chance de transplante, dificilmente curável.
Terapia: analgésicos e repouso.
Previsão: tomou uma pausa e disse com tristeza: a morte no primeiro ano.

Então parou o gravador. “Mas eu tenho algo mais a dizer: Por que?” Perguntou em voz alta, “Por que Você fez isso? Você o colocou aqui, você lhe deu essa dor e condenou-o a uma morte precoce. Por quê?”

De repente, Deus, nosso Senhor disse:
- A criança, minhas ovelhas, e não pertencem ao seu rebanho. Esta criança é parte da minha vontade e minha desde toda a eternidade. Aqui no céu, em meu rebanho sagrado, não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para você ou qualquer um. Seus pais um dia vão se juntar a ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu reino, e meu rebanho sagrado continuará a crescer.

O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais o ressentimento, não entendia as razões. E ele respondeu:
- Você criou o menino, e seu coração. Por quê? Por que morrer em poucos meses?

O Senhor disse: Porque é tempo de regressar ao meu rebanho, já cumpriu a sua missão na terra. Há alguns anos atrás enviei uma ovelha com presentes, um médico para ajudar os seus irmãos, mas a ciência parece que esqueceu do seu Criador. Então eu mandei minha outra ovelha, a criança doente, para não que não se perdesse, mas para que voltasse para mim que há muito tempo estava perdido.

O cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente.

Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou ao lado da cama do filho, enquanto seus pais enfrentaram o médico.
O menino acordou e rapidamente perguntou ao doutor:
- o senhor abriu o meu coração?
- Sim - disse a cirurgião.
- O que você achou? perguntou a criança.
- Você estava certo, eu encontrei a Jesus.
Deus tem muitas formas e maneiras diferentes para que você volte para o seu lado. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Francisco I, conquistaste os nossos corações

     Ontem, às 19:05, subiu a famosa “fumata” pela chaminé da Capela Sixtina. Tive a enorme graça de presenciar este momento. Uma emoção só poder contemplar com os próprios olhos, ao vivo e a cores, aquele momento histórico tão importante.

     A praça de São Pedro estava repleta, e chovia constantemente. Desde que saiu a fumaça branca até o momento do “habemus Papam” (temos Papa) demorou pouco mais de uma hora. Durante este tempo a praça, que já estava cheia, ficou repleta.

     O cardeal proto-diácono é o encarregado de anunciar a grande notícia: “gaudium magnum nuntio vobis”. E a expectativa por escutar o nome fez um silêncio total entre a multidão presente. O nome do eleito surpreendeu a todos.

    Pouco depois do anúncio, as cortinas do balcão principal da basílica se fecharam novamente. Alguns minutos depois, que para nós pareceu uma eternidade, apareceu o Papa Francisco para saudar os presentes em toda a praça e até a metade da Via da Conciliazione.

     Seus gestos, suas palavras, conquistaram os corações de todos nós. Muitos detalhes demonstraram a sua grandeza de espírito.
     Em primeiro lugar, chama muito a atenção a sua enorme simplicidade. Vestia apenas uma batina branca, sem nenhum outro paramento pontifício. Sua forma de falar com o povo. Até mesmo nos desejou uma boa noite e um bom descanso.

     Logo, a oração. A primeira coisa que fez foi convidar-nos a orar, colocando em frente de tudo a Deus, nosso Senhor. Oramos pelo Papa emérito Bento XVI, oramos pedindo que Deus abençoasse o novo Papa, oramos por toda a Igreja.

     Depois das suas palavras dirigiu a bênção pontifícia e se retirou com todos os cardeais.

     Numa mensagem escrita pelo cardeal de Nova York, contou que o Papa, durante o jantar, dirigiu um brinde pedindo a Deus que perdoasse os cardeais pela escolha que fizeram. Que humilde servo de Deus. E ainda mais, no momento de ir à Santa Marta, onde ainda se aloja, rejeitou o carro papal e decidiu ir de ônibus com todos os demais cardeais. Que simplicidade de vida, que humildade, que amor.

     A bênção Papa Francisco! O senhor conquistou os nossos corações.

domingo, 10 de março de 2013

Evangelho (10/03/13)


“Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei…”. O evangelho de hoje é maravilhoso. O filho pródigo pensa que longe da casa do seu pai encontrará a liberdade e a felicidade como ele sempre imaginou: fazer o que quiser, entregar-se aos seus gostos e prazeres, etc. Experimenta de tudo e o seu coração, por um fenômeno “inexplicável”, cada vez se sente mais infeliz, mais vazio, mais insatisfeito. Diz um poeta inglês: “porque não me aceitas, a felicidade que estás buscando não a encontrarás jamais”.

Cada palavra de são Lucas é repleta de significado. “Foi pôr-se a serviço de um dos habitantes ... e desejava fartar-se das vagens”. Longe da casa do pai não se encontra a verdadeira dignidade, nem mesmo o sustento. “Entrou em si e refletiu: “quantos na casa de meu pai tem pão em abundância e eu aqui”. Como se está bem em casa, mas às vezes, parece que só nos damos conta quando perdemos o que tínhamos para valorizá-lo. “Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei…”. Aqui está o verdadeiro caminho de conversão: levantar-se na Sagrada Escritura não é só um gesto físico, mas também moral. Quanta força precisamos para tomar esta decisão, quanta humildade. É sem dúvida por graça divina.

Diz o evangelho que “estava ainda longe, quando seu pai o viu”. Viu porque todos estes anos estava esperando que seu filho voltasse. Imagino cada final de tarde, esse pai indo a este lugar mais alto da casa e olhando à distância com a esperança de ver voltar um dia seu filho. O recebe com os braços abertos e mais que aceitá-lo como empregado, o reveste de todas as suas dignidades de filho: “trazei-me depressa a melhor veste (sinal de realeza e dignidade) e vesti-lhe, e ponde-lhe o anel (com o qual assinavam, sinal de autoridade) e calçados nos pés (sinal de liberdade, os escravos não podiam usar sandálias)”.

Assim é Deus. Diz o salmo 102: “O Senhor é bom e misericordioso, lento para a cólera e cheio de clemência. Ele não está sempre a repreender, nem eterno é o seu ressentimento. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga em proporção de nossas faltas”.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Por que o mal existe?


     A partir desta semana vamos começar um ciclo de reflexões sobre o mistério do mal. O mal é e permanece para nós um mistério porque é difícil e, às vezes quase impossível, compreender e aceitar.

     Ante as manifestações desconcertantes do mal surge no nosso interior aquele questionamento profundo: se Deus é bom, por que permite certos males?

     À realidade do mal não existem respostas rápidas. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta à esta pergunta. Diz o catecismo que “não há nenhum elemento da fé cristã que não seja, por uma parte, uma resposta à questão do mal” (nº 309).

     Somente pela fé conseguimos aceitar e carregar certas dores, tragédias, percas.

Neste ciclo refletiremos em temas como:
·        Os diversos tipos de males
·        Deus é responsável do mal?
·        Por que existe o sofrimento inocente?
·        Etc.

domingo, 3 de março de 2013

Evangelho (03/03/2013)


Deus bate à nossa porta mas bate de forma muito suave, delicada. Ele jamais faz escândalo porque não quer entrar à força. Propõe, pede se quero. Por isso no Evangelho deste domingo (LC 13,1-9) Jesus repete o verbo convertei-vos.

            O quer dizer conversão? Significa mudança, troca. Não se trata só da conversão de uma religião à outra, de não ter fé a tê-la. A conversão que Jesus nos pede vai mais além. Ele pede que eu converta meus comportamentos, meus atos, meus pensamentos, meus juízos em cristãos, em comportamentos, atos, pensamentos, juízos como os seus, cheios de amor.

            Urge a conversão porque não sabemos nem o dia nem a hora. Em qualquer momento o Senhor pode chegar e pedir os frutos, como àquela figueira. O Espírito Santo que é como aquele viticultor pede outra chance. Ele cavará ao nosso redor e deitará adubo para ver se damos frutos. Frutos de conversão, frutos de bons filhos de Deus.