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Este blog reflete sobre os nossos grandes valores humanos, sociais e religiosos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Deus é meu passageiro


         Quando amamos uma pessoa, o nosso filho, a nossa mãe, o nosso namorado ou a nossa namorada, o que fazemos? Queremos conversar, escutar a voz dele ou dela, sair juntos, compartilhar gostos, acompanhar nos momentos difíceis, enfim, estar do seu lado.

Do mesmo jeito acontece com Deus. Ele também é uma pessoa e amá-lo é amar como se ama uma pessoa. Existem muitas formas para estimular o amor a Deus: a oração, a vida sacramental, a leitura e contemplação do santo Evangelho. Mas eu gostaria de deter-me no mais simples e talvez, o mais íntimo: caminhar sempre com Deus do meu lado.

Lembro-me que uma vez a minha tia me disse que todos os dias quando ela vai para o trabalho reza no seu carro. Deus é o seu passageiro. Que coisa mais bonita e mais grandiosa. Quanto ajuda estes momentos de silêncio, e no íntimo do nosso coração fazer um colóquio com o nosso Senhor. Ele nos vê sempre, mas quanto gosta que dirijamos a Ele um pensamento, uma olhada amorosa, um gesto de carinho. Assim são as pessoas que se amam, querem sentir a atenção do amado.

Recordemos que Deus está sempre do nosso lado. Levemos sempre a Deus como nosso passageiro

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Papa explica os motivos da renúncia


Há 4 anos atrás saiu o livro-entrevista a Bento XVI com o título Luz do mundo. Em uma das perguntas, Peter Seewald, entrevistador e editor, interrogou o Papa sobre o que ele pensava de uma possível renúncia.
Vamos transcrever aqui estes pensamentos para que tenhamos uma idéia mais clara do que bento XVI pensa a respeito da importantíssima decisão que tomou.

Pergunta Peter referendo-se aos problemas de pedofilia muito latentes naquela época: A maioria destes incidentes ocorreu há décadas. No entanto, representam um fardo, especialmente para seu pontificado. O senhor já pensou em renunciar?Se o perigo é grande não se deve fugir dele. Portanto, não é agora certamente a hora de parar. Especialmente em um momento como este, devemos permanecer firmes e enfrentar a situação difícil. Essa é a minha reflexão. Você pode renunciar em um momento sereno, ou quando já não pode mais. Mas você não deve desistir na hora do perigo e dizer que alguém faça o que você deveria fazer.
Sim, se o papa chega a reconhecer com clareza que fisicamente, psicologicamente e mentalmente não é capaz da carga do seu ofício, tem o direito e, em certas circunstâncias, o dever de renunciar.
E mais adiante: Então, pode-se pensar em uma situação em que o senhor considere adequada uma renúncia do papa? Sim, se o papa chega a reconhecer com clareza que fisicamente, psicologicamente e mentalmente não é capaz da carga do seu ofício, tem o direito e, em certas circunstâncias, o dever de renunciar.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Papa renúncia ao ministério petrino


Hoje na cidade de Roma, diante da maioria do colégio cardinalício, o Papa Bento XVI apresentou a sua declaração de renúncia ao ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro.

Obrigado por tudo, Santidade!

No começo da sua mensagem diz que “depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus”, o que significa que a sua decisão é tomada com plena ponderação, depois de muita reflexão, sobre tudo diante de Deus quem o encarregou essa missão na Santa Igreja.
O motivo para esta decisão nasce de um grande ato de humildade e generosidade do Santo Padre ao reconhecer que a sua saúde e forças físicas não estão à altura do desempenho desta alta responsabilidade. “Cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino”.
Para tal ministério, continua o Papa, é necessário o vigor do corpo e do espírito, dado no mundo de hoje as “rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé”. E reconhece que no seu caso este vigor, nos últimos meses, foi diminuindo.
Neste momento surgem muitas perguntas em todos nós. Uma notícia que nos tomou por surpresa. Confiemos! O Papa optou por esta decisão com toda a sua plena liberdade, buscando o maior bem da Igreja. Deixa-nos uma enorme lição de humildade, de pensar mais no bem comum que em si mesmo.
Muito obrigado, Santidade, pelo seu ministério! O senhor nos trouxe Jesus Cristo, nos trouxe paz e conforto em tantos momentos. Conte sempre conosco, com o nosso apoio, nossa cercania e nossas orações.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval e Quarta-feira de Cinzas


O carnaval tem a sua origem na fé cristã. Os cristãos celebravam os três dias antes de começar a Quaresma comendo carne e confraternizando, pois durante os quarenta dias prévios à Semana Santa praticariam o jejum e a abstinência (não comer carne).

Após o carnaval, a Quarta-feira de Cinzas abre o tempo de Quaresma. É um dia de especial sacrifício para renunciar os nossos apetites mundanos e elevar o nosso espírito aos bens sobrenaturais. O significado da cinza é indicar que a pessoa optou por fazer essa abnegação recordando o efêmero desta vida, que ela é pó e ao pó retornará.

Neste primeiro dia da Quaresma, assim como na Sexta-feira Santa, os cristãos até o dia de hoje fazem jejum e abstinência.

Que sentido tem a renúncia ao alimento? Sobretudo pedir perdão pelas nossas ofensas ao Senhor e reconciliar-nos com Ele. O combate no nosso corpo dá uma força especial ao espírito.

Mas, seria incompleto se não estivesse acompanhado de atos de fé e amor, como nos recorda o Papa na sua mensagem para a Quaresma deste ano: “Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma fé que atua pelo amor e Ele vem habitar em nós”.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O DNA espiritual: amar e ser amado

        Perguntar sobre o amor é como querer definir Deus. Quem é Deus? Existe, certamente. Mas, podemos reduzir Deus a um conceito, a uma palavra ou definição? É impossível. E se o fizéssemos Ele deixaria de ser Deus, pois o teríamos submetido às nossas categorias, e Ele sempre nos transcende. Por isso é Deus. Deus é... Deus. Algo parecido acontece com o amor.

O amor nos excede, nos sobre passa porque a sua fonte de onde provém não está em nós. Provém de Deus assim como a luz emana do sol. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e Deus é amor (cf. I Jo 4,8).

Sempre teremos uma visão limitada do que significa o amor. Alguma coisa, porém, podemos dizer e experimentar, porque nascemos do amor e estamos chamados a amar.

         O amor se manifesta de diversas formas, compondo assim a sua realidade mais essencial.

O sexo, supostamente manifestação natural do amor, se converteu em um bem de consumo e, ao se sexualizarem, as relações humanas se tornam muito mais superficiais. Quando Deus criou o mundo viu que tudo era bom. A relação sexual é algo querida e abençoada por Deus, para o matrimônio, para a constituição familiar. Mas o amor é muito mais que sexo.
Chamamos também amor o que é simplesmente instinto, paixão, atração carnal, sensação. A nossa sociedade atual nos conduz por esta corrente. Que perigo se caímos nessa armadilha de entender o amor como um hóspede passageiro, que pode durar certo tempo e que não acontece nada se não dá certo e vai embora... Esquece-se da promessa de amor para sempre.
Os sentimentos e emoções são componentes importantes da afetividade. Porém, se o amor fosse somente isso, estaria empobrecido e reduzido a uma única parte da natureza humana. Os sentimentos são por natureza passageiros e não podem ser o critério determinante do amor, que tende a ser duradouro, para sempre.
O amor não é prazer. O amor não são sensações. O amor é doação, entrega. Igual ao sol, o amor não é uma realidade estática, mas se difunde. Uma semente que germina, um córrego que se propaga.
O amor tem muitas dimensões. Os sentimentos, desejos, pensamentos, sonhos, afetos, atos, etc. são manifestações como as flores que brotam de um jardim. Nascem e brotam do amor. O amor é uma tendência ao melhor, à perfeição, à felicidade. O amor não é só um mero ato, mas é verdade, os atos demonstram o amor. O amor não é só os sentimentos, mas os sentimentos estão dentro do amor porque o amor envolve todas as potencialidades do ser humano.
Por fim, o amor une as pessoas que se amam. Não só fisicamente, mas, sobretudo espiritualmente. É o que se experimenta quando num momento difícil dizemos a alguém: conte comigo, estou do teu lado. O amor exige sair de si mesmo e atua no encontro. Por isso precisa de gestos, palavras, encontros. O amor é uma relação de doação e de entrega entre duas pessoas. O amor não acaba nunca, é para sempre; é eterno o amor.