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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O DNA espiritual: amar e ser amado

        Perguntar sobre o amor é como querer definir Deus. Quem é Deus? Existe, certamente. Mas, podemos reduzir Deus a um conceito, a uma palavra ou definição? É impossível. E se o fizéssemos Ele deixaria de ser Deus, pois o teríamos submetido às nossas categorias, e Ele sempre nos transcende. Por isso é Deus. Deus é... Deus. Algo parecido acontece com o amor.

O amor nos excede, nos sobre passa porque a sua fonte de onde provém não está em nós. Provém de Deus assim como a luz emana do sol. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e Deus é amor (cf. I Jo 4,8).

Sempre teremos uma visão limitada do que significa o amor. Alguma coisa, porém, podemos dizer e experimentar, porque nascemos do amor e estamos chamados a amar.

         O amor se manifesta de diversas formas, compondo assim a sua realidade mais essencial.

O sexo, supostamente manifestação natural do amor, se converteu em um bem de consumo e, ao se sexualizarem, as relações humanas se tornam muito mais superficiais. Quando Deus criou o mundo viu que tudo era bom. A relação sexual é algo querida e abençoada por Deus, para o matrimônio, para a constituição familiar. Mas o amor é muito mais que sexo.
Chamamos também amor o que é simplesmente instinto, paixão, atração carnal, sensação. A nossa sociedade atual nos conduz por esta corrente. Que perigo se caímos nessa armadilha de entender o amor como um hóspede passageiro, que pode durar certo tempo e que não acontece nada se não dá certo e vai embora... Esquece-se da promessa de amor para sempre.
Os sentimentos e emoções são componentes importantes da afetividade. Porém, se o amor fosse somente isso, estaria empobrecido e reduzido a uma única parte da natureza humana. Os sentimentos são por natureza passageiros e não podem ser o critério determinante do amor, que tende a ser duradouro, para sempre.
O amor não é prazer. O amor não são sensações. O amor é doação, entrega. Igual ao sol, o amor não é uma realidade estática, mas se difunde. Uma semente que germina, um córrego que se propaga.
O amor tem muitas dimensões. Os sentimentos, desejos, pensamentos, sonhos, afetos, atos, etc. são manifestações como as flores que brotam de um jardim. Nascem e brotam do amor. O amor é uma tendência ao melhor, à perfeição, à felicidade. O amor não é só um mero ato, mas é verdade, os atos demonstram o amor. O amor não é só os sentimentos, mas os sentimentos estão dentro do amor porque o amor envolve todas as potencialidades do ser humano.
Por fim, o amor une as pessoas que se amam. Não só fisicamente, mas, sobretudo espiritualmente. É o que se experimenta quando num momento difícil dizemos a alguém: conte comigo, estou do teu lado. O amor exige sair de si mesmo e atua no encontro. Por isso precisa de gestos, palavras, encontros. O amor é uma relação de doação e de entrega entre duas pessoas. O amor não acaba nunca, é para sempre; é eterno o amor.

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