A nossa experiência nos diz que
não é tão fácil crer muitas vezes. Encontramos várias dificuldades para dar o
nosso ato de fé, dificuldades dentro de nós mesmos e fora.
Comecemos analisando uma
dificuldade externa: a nossa sociedade sem Deus. O mundo de hoje experimenta um
grande progresso a uma velocidade incrível. As ciências, as comunicações, têm
melhorado muito para nosso grande benefício. Mas, ao mesmo tempo subiu ao
primeiro lugar do pódio e tirou para si toda a atenção, fazendo-nos pensar do
seu jeito, com os seus critérios e modos.
Hoje em dia temos mais
conhecimento dos sistemas que nos rodeiam. Conhecemos suas causas, seus
mecanismos, seus efeitos. E essa mente científica sem nós querer nos está
levando a crer somente o que podemos calcular, comprovar, tocar com os nossos
sentidos e a ser muito incrédulos do que não está tão ao alcance das nossas
mãos.
Diz o Papa Bento XVI: mas,
quando é que a razão domina verdadeiramente? Quando se separa de Deus? Quando
se faz cega para Deus? A razão do poder e do fazer é a razão inteira? A razão se
converte em verdadeiramente humana quando está em grau de indicar o caminho
para que tomemos uma decisão correta. E isso ela só consegue vendo mais além de
si mesma. Caso contrário, ela pode chegar a ser uma verdadeira ameaça para o
homem.
Digamos de modo simples: o
homem necessita de Deus, se não, permanecerá privo de esperança. Um mundo sem
Deus é um mundo sem alma, entregue nas mãos dos homens que temos também um lado
tão perverso. Cada gesto de amor que fazemos ou que recebemos dos demais é um
reflexo do amor de Deus que está atuando em primeira pessoa naquele momento.
No fundo, a fé jamais poderá
morrer porque cada gesto de amor é um grito de que Deus está presente. No meu
coração quando sou eu que faço o gesto, e nos demais quando recebo ou sou
testemunho de um ato de amor deles. O amor revive a fé, o reconhecimento que
Deus existe e está aqui.
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