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domingo, 10 de março de 2013

Evangelho (10/03/13)


“Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei…”. O evangelho de hoje é maravilhoso. O filho pródigo pensa que longe da casa do seu pai encontrará a liberdade e a felicidade como ele sempre imaginou: fazer o que quiser, entregar-se aos seus gostos e prazeres, etc. Experimenta de tudo e o seu coração, por um fenômeno “inexplicável”, cada vez se sente mais infeliz, mais vazio, mais insatisfeito. Diz um poeta inglês: “porque não me aceitas, a felicidade que estás buscando não a encontrarás jamais”.

Cada palavra de são Lucas é repleta de significado. “Foi pôr-se a serviço de um dos habitantes ... e desejava fartar-se das vagens”. Longe da casa do pai não se encontra a verdadeira dignidade, nem mesmo o sustento. “Entrou em si e refletiu: “quantos na casa de meu pai tem pão em abundância e eu aqui”. Como se está bem em casa, mas às vezes, parece que só nos damos conta quando perdemos o que tínhamos para valorizá-lo. “Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei…”. Aqui está o verdadeiro caminho de conversão: levantar-se na Sagrada Escritura não é só um gesto físico, mas também moral. Quanta força precisamos para tomar esta decisão, quanta humildade. É sem dúvida por graça divina.

Diz o evangelho que “estava ainda longe, quando seu pai o viu”. Viu porque todos estes anos estava esperando que seu filho voltasse. Imagino cada final de tarde, esse pai indo a este lugar mais alto da casa e olhando à distância com a esperança de ver voltar um dia seu filho. O recebe com os braços abertos e mais que aceitá-lo como empregado, o reveste de todas as suas dignidades de filho: “trazei-me depressa a melhor veste (sinal de realeza e dignidade) e vesti-lhe, e ponde-lhe o anel (com o qual assinavam, sinal de autoridade) e calçados nos pés (sinal de liberdade, os escravos não podiam usar sandálias)”.

Assim é Deus. Diz o salmo 102: “O Senhor é bom e misericordioso, lento para a cólera e cheio de clemência. Ele não está sempre a repreender, nem eterno é o seu ressentimento. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga em proporção de nossas faltas”.

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