Até agora viemos analisando o
problema da existência do mal no mundo. A pergunta natural que surge é: mas,
Deus cuida de mim? Ele é quem guia os caminhos da vida, os meus caminhos?
A resposta é positiva. Deus
está sempre do meu lado, cuida de mim com amor infinito, me conduz à realização
plena. Damos o nome de Divina Providência às “disposições pelas quais Deus
conduz com sabedoria e amor todas as criaturas até o seu fim último”
(Catecismo, nº 321).
Deus nos criou para conhecê-lo
e amá-lo nesta vida e gozar eternamente Dele no céu. Mas, ante esta enorme
verdade, diz João Paulo II, o homem encontra paradoxalmente no seu coração um
duplo e contrastante sentimento: por uma parte, somos levados a acolher e a
confiar neste Deus Providente e por outra, tememos e duvidamos de abandonar-nos
nas mãos de Deus, ora porque ofuscados das coisas, nos esquecemos do Criador,
ora porque marcados pelo sofrimento, duvidamos que Ele seja um pai.
Deus guia os nossos passos
com amar, jamais infringe a nossa liberdade. Ele deixa nas nossas mãos a
decisão. A liberdade é o maior dom que o homem tem, pois por ela podemos
escolher e optar pelo que sentimos no nosso coração que seja o correto; mas
também podemos não usá-la bem e fazer o mal a nós mesmos e aos demais. Ainda assim
Deus não viola as nossas decisões.
Quem nos criou, com a sua
infinita inteligência, ternura, sabedoria e guia envolve o nosso existir e nos
conduz à perfeição que consiste em chegar à meta que é o paraíso, para o qual
fomos criados e ao qual vamos em caminho.
Tomara
que nas nossas bocas mas, sobre tudo no nossos corações, estejam sempre aquelas
palavras: “Deus está vendo”, “Deus sabe tudo”, “que se faça a vontade de Deus”,
“Deus escreve reto em linhas tortas”.
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