Estamos analisando o problema do mal e esse
difícil interrogativo sobre por que Deus o permite. No artigo anterior vimos
que Deus permite o mal no mundo, mas é sempre para um bem maior (ver).
Perguntamos: como conciliar o mal e o sofrimento
com a Divina Providência. Para responder, a melhor forma é olhar para Jesus, o
rosto humano de Deus. Pela sua cruz podemos entender que Deus está presente com
cada homem no seu sofrimento, já que Ele tomou sobre si a multidão de
sofrimentos da humanidade. Além do mais, Cristo nos ensina que o padecer possui
um valor e uma força de redenção e salvadora.
Assim, a cruz não é só um instrumento escuro,
insuportável nas nossas vidas, mas se converte em luz que ilumina e dá um novo
sentido ao nosso caminhar. As circunstâncias da vida são muito duras muitas
vezes. Mas porta frutos sobrenaturais, benefícios mesmo que seja difícil
entender num primeiro momento. Assim se entende a frase de São Paulo: “Quem nos
separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a
nudez, o perigo, a espada?” e conclui: “Porque estou certo de que, nem a morte,
nem a vida... poderá nos separar do amor de Deus”(Rom 8,35-39).
É verdade, ao interrogativo sobre o mal e o
sofrimento não encontramos uma resposta imediata. Só gradualmente e com a ajuda
da fé alimentada pela oração, se descobre o sentido verdadeiro do sofrimento.
Se descobrirmos mediante a fé esta potência e “sabedoria”, nos encontramos na
via salvadora da Divina Providência.
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