São assustadoras as últimas notícias que estamos vendo nestes dias. A poucos
dias atrás, aquele terrível homicídio na Penha e agora, esse massacre abominável
em Connecticut, nos EUA, que deixou 20 crianças e outras 6 pessoas mais sem
vida. “Desgarra o coração. A tragédia de gente inocente que morre a traves da
violência destrói a paz de todos” dizia o Cardeal Dolan, arcebispo de Nova York
e presidente da conferência episcopal americana, na sua condolência às pessoas
de Newtown.
Por que motivos estão acontecendo todos esses massacres? Como pode uma pessoa
chegar a cometer a sangue frio um ato tão terrível? Confunde a nossa mente só
pensar, não encontramos respostas. Realmente, desgarra o coração.
Placa da escola onde houve o massacre |
Este massacre ocorreu justamente na véspera da aprovação da segunda emenda da
Constituição dos Estados Unidos que confere o direito de possessão de armas.
Este crime, como muitos outros que aconteceram neste mesmo ano no país norte
americano, faz refletir sobre a validade desta emenda e deste “direito”. Não
podemos permitir uma lei que ocasiona um mal maior do que o bem desejado. Eis aí
um primeiro motivo da consecução desses terríveis atos criminais à inocentes.
Dando facilidade ao acesso à armas, inclusive de grande calibre, não estamos
provocando um risco enorme para a nossa própria sociedade? Não estamos vendendo
a nossa própria condenação? É aberrante, clama o céu. Acho que nós, membros da
sociedade, temos muito mais direito à segurança, a que nenhum louco saia por aí
disparando contra os nossos filhos, do que alguns poucos tenham o “direito” à
posse de armas.
Mas, como pode uma pessoa cometer um ato assim? Será por uma psicologia
perturbada, uns traumas, uma enfermidade psiquiátrica? O mal, quando penetra
profundamente na pessoa a transforma, desfigura, transmuta. Não parece mais ter
as suas características próprias. A deformação do seu sentido interior é total.
É difícil entender.
A última palavra deve ser construída. Constatamos o mal, vemos as suas
conseqüências. Agora devemos construir o nosso futuro. Que as leis busquem o bem
comum, nos brinde os nossos autênticos direitos, direitos comuns, cujo fim não
justifique os meios. Nossa sociedade merece uma ética autêntica.
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